One Punch Man Me Fez Redescobrir o Amor Pela Dublagem Brasileira
- Pedro Lacerda
- 11 de jul. de 2017
- 2 min de leitura

Nostalgia faz parte de qualquer geração, não é à toa que é impossível encontrar uma geração que nunca escutou um bom e velho ‘‘no meu tempo…’’ de alguém mais velho. Mas, talvez pelo excesso de maneiras de registrar acontecimentos, as pessoas que cresceram nas décadas de 1980 e 1990 parecem se apegar ainda mais com as produções que crescemos assistindo, lendo e escutando. Especialmente nós, os autointitulados ‘‘nerds’’, ‘‘geeks’’ e ‘‘otakus’’ tão ligados a cultura pop do entretenimento, fazendo questão de lamentar o fim das manhãs da TV Globinho e as tardes e noites da Fox Kids e o Cartoon Network ‘‘de raiz’’.
E foi na curiosidade de sentir esse sentimento todo novamente que mergulhei em uma maratona de One Punch Man, anime que chegou ao Brasil com uma dublagem incrível graças a Netflix e ao Grupo Macias Audiovisual. Algumas horas e uma pausa para brincar de adulto com vida social depois, comecei a entender o porquê do sucesso do anime e dos tantos elogios que a dublagem estava recebendo. As comparações com Yu Yu Hakusho são mais do que justas, em níveis diferentes, ambos trazem aquela ambientação divertida e inteligente que te faz acreditar que aquela história se passa em algum lugar não muito distante, no qual todo mundo fala com um jeitinho brasileiro — ou pelo menos carioca e paulistano —. Mas além de atualizar o mundo do que tenho feito nas minhas últimas férias universitárias, do que isso importa?
Importa não porque isso seja uma resenha de One Punch Man (essa eu fico devendo), mas porque me peguei pensando na importância da dublagem na cultura e no entretenimento. Hoje em dia é de praxe só assistir filme ou série dublada se for algo antigo, se tiver alguma criança junta ou no caso de alguma deficiência visual. Por causa de algumas más experiências ao longo dos anos nós — ou ao menos eu — esquecemos o quão rica a dublagem brasileira é, quanta alegria nos trazia na infância não só por vencer a barreira do idioma, mas pelo esforço de fazer toda aquela história fazer sentido e ser divertida não importa da onde você seja.
Afinal de contas, desafio a qualquer um dizer, com sinceridade, que a voz do Salem (Sabrina, A Aprendiz de Feiticeira) na dublagem brasileira de Mário Tupinambá Jr. não é uma das coisas mais divertidas que já passou pelas telas da Nickelodeon. Ou se preferir um grande exemplo, as diversas versões do Goku com as vozes de Noeli Santisteban e Úrsula Bezerra em Dragon Ball e a tão famosa dublagem de Wendel Bezerra a partir de Dragon Ball Z. Ou seja, decidi que a melhor maneira de injetar um pouco de vida nesse blog já a tantos meses parado era divagar um pouco sobre o quão divertida e emocionando é a nossa dublagem. E deixar aqui uma sugestão/desafio se assim como eu, você parou de consumir produções dubladas, vamos voltar a assistir e a incentivar essa área artística que ajudou a introduzir tantos de nós a tantos universos incríveis que até hoje nos acompanham.
E pra dar um gosto da dublagem de One Punch Man, mas cuidado que pode ter algo que alguém considere spoiler no meio (apesar de que eu assisti e não vi nada que considerasse spoiler).






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